♥♥♥ Karen ♥♥♥

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Meu horóscopo !!!



Gentil Karen Rosa De Melo, este é o seu horóscopo do dia Quinta-feira 17 Setembro:

Virgem,
Procure não confrontar-se com um superior direto, poderia ficar difícil a relação de colaboração e alterar a estima que tem por você. Você estará um pouco descontente porque não verá realizados os seus desejos, deverá ter paciência e esperar tempos mais propícios e não quer dizer que tenha que esperar ainda muito.



Tudo a ver com meu momento...

Só sei que esses horóscopos as vezes me assusta ....


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Hoje não!

Tem dias que dá preguiça mesmo de viver. A gente olha pra própria vidinha mais ou menos e se pergunta: o que, diabos, eu estou fazendo aqui? A resposta, a gente não consegue dar. Mas tem dias que simplesmente não dá. Não dá pra acreditar no futuro, no presente e desconfiamos até mesmo do passado. Tem horas que a gente parece estar no meio de um pesadelo (ou no meio de um sonho bom que nunca vai se realizar). Tem dias que não dá pra acreditar que a Xuxa usa hidratante Monange, que a Gisele Bündchen usa Pantene e que a Carolina Dieckmann tem dentes sensíveis. Chega uma hora que a realidade te espreme num canto, te dá um tapa na cara e te pergunta: o que é que você está fazendo aqui?Não sei. Não sabemos. Procuramos pistas na ciência, na fé e na religião. Criamos Deus e deuses pra explicar o inexplicável. Buscamos pistas de que estamos no caminho certo ou, pelo menos, no melhor caminho. Acreditamos nos sinais, no destino e na contradição deles. Entendemos um pé-na-bunda como um sinal de que era pra ser assim. Entendemos um re-encontro como um plano traçado pelo destino. E assim vamos mexendo as peças de um jogo louco e sem explicação.Aonde queremos chegar fazendo o que fazemos, sendo quem somos, acreditando no que acreditamos? E, afinal, quem somos? Em que acreditamos, se não acreditamos em nós mesmos? Desconstruímos sonhos ou os arremessamos ao acaso. Desacreditamos da sorte, do acaso ou do destino. Despedaçamos nossa auto-estima, nossa confiança na própria fé. Insultamos Deus e o diabo.E assim, seguimos à própria sorte. Mandamos e desmandamos na nossa vida. A vida manda e desmanda na nossa sorte. Procuramos refúgio nos nossos vícios ocultos, ainda que esses vícios sejam academia e solidão. Fugimos do mundo pra fugir de nós mesmos. Fugimos de nós mesmos para fugir do mundo. Tem dias que simplesmente não dá. Não dá pra rir de piada sem graça, não dá pra agüentar a chatice alheia (já basta a nossa própria), não dá pra gostar de comer rúcula (quem inventou essa porra?). Chamem de TPM, de crise existencial ou o diabo. Tem dias que só uma enorme barra de chocolte com ovomaltine te entende. Desculpa, mas tem dias que não dá pra brincar de faz-de-conta. Não posso. Hoje, não.

Vai dar palpite em outra freguesia...

Eu sei que não sou um exemplo de bom comportamento nem tenho no currículo uma coleção de finais felizes. Eu sei que eu meto os pés pelas mãos na maioria das vezes. Eu sei de tudo isso e, acredite, eu tento melhorar.
Mas o que eu mais sei é que a gente só aprende dando cabeçada por aí.
Então por que é que as pessoas se acham capacitadas em dar palpites na vida das outras?
Alguém me explica?
Por que aquela pessoa que já foi infiel nos seus relacionamentos quer te convencer de que existe fidelidade?
Por que a gente sempre tem a fórmula mágica pra vida dos outros?
Por que alguém sempre sabe nos dizer exatamente o que fazer, mas nunca faz nada direito?
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço? É isso?Você ta fazendo errado! Isso não ta certo!
Não pode ser assim! Faça de tal jeito! Espera aí.
Quem perguntou? Isso mesmo. Ninguém perguntou. É só um hábito irritante que as pessoas – em especial as mulheres – têm.
Ninguém ta pedindo conselho ou colocando a vida aberta para debate. A gente não está interessado em fazer como a melhor amiga faz só porque a experiência dela deu certo. Se fosse assim, a gente ouvia conselho de mãe, de vó, de tia velha e casava virgem, não é?! Não.
A gente faz o que a nossa cabeça manda e não o que as pessoas nos dizem. A gente quebra a cara. Sofre. Leva pé-na-bunda. Se decepciona com todo tipo de gente. Mas no final, a gente aprende alguma coisa que não aprenderia se tivesse feito tudo certo.Tudo certo demais cansa.
Que graça teria se a gente conseguisse tudo que quer?
Se fizesse tudo conforme o manual.
Se só abrisse o presente de Natal depois da meia-noite.
Se tudo saísse conforme planejado.
Se a gente não tivesse ciúme.
Se a gente soubesse exatamente como fazer tudo. Ou se tivesse alguém pra nos dizer sempre como fazer.
Não teria graça nenhuma.
Não haveria inspiração pras duplas sertanejas, pros noticiários, pros blogueiros, pra Sônia Abrão ou pra Márcia Goldsmith.
Não haveria dor ou poesia.
Os dias chuvosos não fariam o menor sentido.
O mundo não teria graça se tudo fosse perfeito e se todo mundo tivesse a resposta pro problema alheio antes mesmo do alheio ensaiar querer um conselho.
Por isso, detesto que alguém dê palpite na minha vida. Deixe que eu caminhe com minhas próprias pernas curtas dando meus passos pequenos. Um de cada vez. Deixe que eu caia, levante e comece de novo se precisar. Mas, por favor, me deixe fazer sozinha. Do meu jeito errado. Se eu vou me machucar mais do que aprender alguma lição, deixe que eu descubra no final. E, no final, se der tudo errado, quero ver quem vai voltar pra ficar do meu lado.