Esta foto de Robinho expressa muito bem o que foi o Brasil de Dunga na partida contra a Holanda. No mundo paralelo em que viveu os últimos 44 dias, a seleção foi convencida que estava destinada a ser campeã por obra e graça não do seu talento, mas da força de vontade, da determinação e da união do grupo.
O que se viu, depois do segundo gol da Holanda, é que esses atributos eram insuficientes não apenas para vencer como para encarar a derrota. A seleção não estava preparada para perder, não concebia a ideia de que poderia ser superada no meio do caminho.
Como escrevemos no UOL Esporte, entre os sete erros que eliminaram a seleção brasileira na Copa, o descontrole de toda a equipe depois do segundo gol holandês chamou a atenção. Jogadores experientes, com três Copas do Mundo nas costas, como Lucio, Gilberto Silva e Kaká, se omitiram no momento decisivo. Robinho, em sua segunda Copa, deu vexame ao discutir com Robben, caído, depois da oitava falta que recebeu dos brasileiros – um recorde neste Mundial.
Faltou calma, faltou equilíbrio e faltou coragem. Tudo que Loco Abreu, atacante do Uruguai, voltou a exibir de sobra. O torcedor do Botafogo já havia tido o prazer de suspirar e, em seguida, comemorar um título após um pênalti cobrado do mesmo jeito que na decisão dos uruguaios com Gana. A chamada “cavadinha”, que craques como Zidane e Djalminha popularizaram, é para poucos.
(Mauricio Stycer)
Fonte: http://blogenviados.blog.uol.com.br/arch2010-06-27_2010-07-03.html#2010_07-03_06_37_38-147338006-0
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